Tigre respira com uma vitória inesperada contra um dos favoritos

Tigre não é gato
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A escolha do tigre como símbolo do Colo Colo, quando o clube foi fundado há 65 anos deveu-se, principalmente, pela simbologia que o animal representa na família dos felídeos. O tigre sobrevive em terrenos de dificil acesso e, neste lugares, é capaz de se alimentar aproximando-se de suas presas em completo silêncio, antes de se precipitar sobre elas a curta distância. Ontem à noite o Colo Colo deu a prova de que esta é, realmente, "a segunda pele" do clube. Se perdesse para o Jequié - um dos favoritos a subir para a primeira divisão do futebol baiano -, jogando na casa do adversário, estaria praticamente morto. Pois bem: o Colo Colo venceu por dois a um e, diante do resultado que não era esperado nem mesmo pelo mais otimista torcedor,  segue ainda com sonhos de voltar a divisão de elite da Bahia. Mais ainda. De lanterna até a rodada passada, basta vencer o seu próximo compromisso contra o Itabuna, para entrar definitivamente na zona de classificação para a próxima fase.

O que aconteceu de fato  não foi uma mudança radical na forma de jogar do time, que tem uma média de idade muito baixa e é formado, basicamente, por jogadores da própria cidade. Além do tempo maior que o treinador Carlos Vieira, o Goiabão, teve para montar a estratégia para o jogo contra o Jequié, os jogadores reagiram à desesperança que começou a tomar conta do grupo. E até dos dirigentes. Após o apito final do árbitro, no empate em casa contra o Astro, dirigentes do clube "jogaram a toalha" e, publicamente, disseram que o sonho tinha acabado. "Não é esse ano que vamos subir. Não tem condições", disse numa emissora de rádio o médico Paulo Medauar. Os jogadores mantiveram o silêncio diante  da fraca campanha e só voltaram a falar no meio da semana passada para dizer que nem tudo está perdido e que o time iria para Jequié em busca da vitória, a primeira vitória no campeonato.

Ela veio.